Desenhos infantis
Dra. Celina Coelho de Almeida Psicóloga Clínica e Ludoterapeuta interpreta alguns desenhos infantis no programa “A Tarde é Sua” com apresentação de Fátima Lopes.
“A maioria das crianças desiste de desenhar quando chega à adolescência e, em muiotos casos esta desistência ocorre muito antes, logo na infância”, constata a psicóloga Celina Almeida, directora da Clínica Insight (www.clinicadepsicologia.pt) e formadora na área do desenho infantil: “Só as crianças que são muito incentivadas (por via da valorização do desenhos e da actividade conjunta entre pais e filhos) e as que têm mais apetência é que continuam a desenhar, as outras vão desistindo.” Porque isto acontece? “Tendemos a desvalorizar o desenho, somos um país que desenha pouco, grande parte de nós diz, de imediato que não tem jeito para desenhar, isso é coisa de miúdos. Por outro lado, também nos focamos (nós adultos) no aspecto realista e lógico dos desenhos, fazendo deste modo, reparos aos desenhos infantis dos miúdos. Estes reparos começam a ter o peso de críticas e a consequente desistência por parte das crianças. Preferimos inscrever uma criança com quatro anos em aulas de informática ou de inglês do que em actividades como a pintura e a dramatização, que são mais indicadas para a idade pré-escolar”, comenta Celina Almeida. “Muitos pais e professores não se apercebem da importância e das diferentes etapas dos desenhos infantis e com os seus comentários e reparos contribuem para que as crianças se sintam frustradas e percam o gosto por desenhar.”
As crianças, de um modo geral, vêem os adultos ou até os irmãos mais velhos a escrever e sentem vontade de imitar. Às vezes até dizem que estão a fazer escritos ou a escrever o nome…” Por volta dos três anos é muito frequente gostarem de oferecer desenhos, com um rabisco no canto da folha como assinatura ou como uma suposta dedicatória para a pessoa. Os desenhos infantis começam a tomar forma e a servir como meio de comunicação.
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